Tarde no Motel

Não fazia frio. Era um dia simples como outro qualquer, manhã tranqüila com sol. 

No período da tarde, depois do almoço bateu aquela vontade! Nos falamos e marcamos para sair, uma dessas saídas vespertinas, chopp e conversa fora.

Depois de uma longa conversa, Edgar, meu namô-não-sei-o-quê, e eu saímos pelas ruas da cidade meio sem destino, cantalorando versos de canções antigas e caretas. Descemos do carro no local de costume, o quarto era confortável, a meia luz e um cinzeiro com o cigarro apagado.

Naquela noite foram gozos múltiplos, Edgar parecia insaciável, ele gozou em mim, na minha boca e dentro de mim, parecia não acabar nunca. De repente ouvimos barulhos estranhos vindos do céu e a luz que clareava se apagou. Um infinito escuro consumou-se. Percebemos então a tempestade, um dilúvio caía sobre as nossas cabeças durante o nosso momento de amor. Os celulares não paravam de tocar, desculpas eram dadas...

“... Preso no engarrafamento...” e, tantas outras. O pior foi na hora de pagar a conta,  em meio ao transtorno da energia, como pagar as horas do motel sem dinheiro, apenas com o cartão de crédito? Documento não servia, palavra de honra nem pensar! Nos restou penhorar o anel de família que ganhei do meu avô. O resto da história conto no próximo post, aguardem!